Pesquisando sobre xadrez na internet, em busca de fatos e notícias interessantes para divulgar aqui no blog, como sempre faço, me deparei com uma publicação sobre a minissérie The Queen's Gambit, título traduzido para o nosso idioma como "O Gambito da Rainha". Segue o texto da notícia, na íntegra:
A Netflix divulgou 12 novas fotos, o pôster e o primeiro trailer legendado de “O Gambito da Rainha” (The Queen’s Gambit), minissérie de época estrelada por Anya Taylor-Joy (“A Bruxa”, “Emma.”, “Os Novos Mutantes”). A prévia destaca o desempenho da atriz e a beleza dos figurinos e direção de arte, numa recriação fashionista dos anos 1960.
Baseada no romance homônimo de Walter Tevis, a produção de seis episódios retrata a vida de uma órfã que se torna prodígio do xadrez durante a Guerra Fria. A trama segue Beth Harmon (Taylor-Joy) dos 8 aos 22 anos, enquanto luta contra o vício e tenta se tornar a maior enxadrista do mundo.
O elenco também inclui Thomas Brodie-Sangster (“Maze Runner”), Bill Camp (“The Outsider”), Harry Melling (“Harry Potter”) e Chloe Pirrie (“Emma.”)
A série foi desenvolvida por Scott Frank, roteirista do filme “Logan” e criador de “Godless”. Repetindo o trabalho realizado na minissérie “Godless”, ele assina como roteirista, diretor e produtor executivo da atração.
A estreia está marcada para 23 de outubro.
Com a aproximação da estreia da minissérie, podemos levantar o seguinte questionamento: o que esperar de "O Gambito da Rainha"? Pelas informações prévias que temos, é possível perceber que estamos diante de uma história interessante e envolvente, sobre um prodígio feminino que luta para se tornar a melhor enxadrista do mundo, ao mesmo tempo em que enfrenta problemas com o seu vício em álcool e fármacos. O trailler também deixa entrever que a protagonista, interpretada pela bela atriz Anya Taylor-Joy, talvez esteja desenvolvendo algum tipo de distúrbio psicológico, patologia que acometeu grandes figuras da história do xadrez, a exemplo de Morphy, Steinitz, Rubinstein e Bobby Fischer. Nesse ponto, talvez a minissérie passe a impressão ao público de que todo gênio do xadrez é louco, o que, evidentemente, não corresponde à realidade. A trama rompe com o paradigma da supremacia masculina no nosso esporte, uma vez que nem mesmo a mais bem-sucedida jogadora de todos os tempos, a GM húngara Judit Polgar, chegou perto de arrebatar dos melhores jogadores homens o título máximo do xadrez mundial. Isso por si só já tornaria o enredo bastante empolgante, mas ainda tem mais: a história se passa em plena Guerra Fria, uma época de muitas tensões políticas e ideológicas, que se refletiram também nos tabuleiros, com a ascensão do mito Fischer e a sua sensacional vitória sobre a temida e quase invencível "falange soviética". Em suma: estou ansioso para assistir à minissérie, até porque, para os apaixonados pelo xadrez como eu, qualquer história que envolva a Arte de Caíssa se torna automaticamente atrativa. Contudo, sabemos que infelizmente a maior parte da população mundial não demonstra interesse pelo jogo-arte-ciência, de modo que "O Gambito da Rainha" corre o risco de se tornar um fracasso de audiência, assim como aconteceu com outras produções que tiveram como tema central o xadrez. Apesar disso, gostaria de parabenizar os produtores da série pela excelente iniciativa de darem ainda mais visibilidade ao xadrez, pois cada vez que nosso esporte é mostrado nas mídias, novelas e filmes, certamente ele conquista novos praticantes. E agora, enquanto a minissérie não se inicia, assistam ao trailler de The Queen's Gambit, que está disponível no site You Tube.
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