terça-feira, 30 de abril de 2019

MAGNUS SUPREMO!


Algo que já é muito bom, pode melhorar ainda mais?
Ao que tudo indica, a resposta é sim. Chegamos a essa conclusão ao observarmos o desempenho do atual Campeão Mundial de Xadrez, Magnus Carlsen, nas suas últimas partidas. Pelo visto, ao invés de se acomodar com a coroa de campeão, ele continua a evoluir e a assombrar o mundo do xadrez com suas ideias inovadoras e com a força do seu jogo.

Foi isso o que ocorreu no super-torneio Grenke Chess Classic 2019, encerrado ontem, na Alemanha. Magnus não tomou conhecimento dos seus adversários e venceu a competição com 7,5 pontos em 9 possíveis, com 1,5 ponto à frente do segundo colocado, o GM Fabiano Caruana.
Com essa conquista, Carlsen vai para incríveis 2.875 pontos de rating, 56 a mais do que o 2º do ranking mundial, e não tenho dúvidas de que ainda este ano o veremos romper a barreira dos 2.900 pontos, um recorde absoluto!

Com essa clara superioridade sobre os demais integrantes da elite do xadrez mundial, Carlsen está inaugurando uma nova fase na evolução teórica do jogo, e agora resta aos outros jogadores apenas lutar para ver quem vai terminar em 2º lugar nos torneios disputados pelo Campeão. 
Avante, Magnus!!


Em sua fase atual, Carlsen tem muitos motivos para estar "rindo à toa"!

Classificação final do Grenke Chess Classic 2019


PENSAMENTO DO DIA


"O xadrez é um jogo pela forma, uma arte pelo conteúdo e uma ciência pela dificuldade" (GM Tigran Petrosian).




domingo, 28 de abril de 2019

TORNEIO DE BARAÚNA - UM GRANDE SUCESSO!


Neste final de semana, tivemos a realização de um outro importante evento de xadrez em território paraibano, além do torneio de Esperança.
Estamos falando do 2º Torneio de Emancipação Política da cidade de Baraúna, noticiado no blog Batalha de Mentes em postagem do mês de fevereiro: https://batalhadementes.blogspot.com/2019/02/barauna-promove-torneio-de-xadrez.html.




Segundo informações prestadas pelo professor e enxadrista baraunense Fagner Lima, o torneio teve a participação de 50 jogadores, de Baraúna e de outras cidades, como Areia, Frei Martinho, Picuí e Pedra Lavrada. A competição foi promovida pela Prefeitura Municipal de Baraúna, com arbitragem do AA Fagner Lima, auxiliado por Iranilza Silva.

Após 5 rodadas, ao ritmo de 15 minutos nocaute, os vencedores, nas diferentes categorias, foram os seguintes enxadristas:

Categoria sub 10 absoluto: Campeão - Wendlly Lima (Baraúna);

Categoria sub 10 feminino: Campeã - Maria Clara (Baraúna);

Categoria sub 12 absoluto: Campeão - Higor Martins (Frei Martinho);

Categoria sub 14 absoluto: Campeão - Wikson Pedro (Baraúna);

Categoria sub 14 feminino:  Campeã - Jamile Lima (Frei Martinho);

Categoria sub 16 absoluto: Campeão - Carlos Janiel (Baraúna);

Categoria feminino geral: Campeã - Jéssica Queiroz (Frei Martinho);

Categoria absoluto: Campeão - Thiago Félix (Areia); 2º colocado - Ronayde Emanuel (Frei Martinho) e 3º colocado - Leandro Confessor (Picuí).
Melhor baraunense: Eduardo Silva.

Registramos aqui os agradecimentos externados pelo Prof. Fagner ao final do evento:

"Agradeço a todos os que participaram, em especial a grande quantidade de crianças, o que mostra que o 'xadrez viverá para sempre'. Agradeço à Prefeitura Municipal por patrocinar os troféus e a estrutura física. Meu agradecimento especial ao Diretor de Turismo, Fagner Geminiano, por orquestrar as ações da Prefeitura em prol do xadrez e não medir esforços para o acontecimento do evento. E, por último, agradeço a cada pai e mãe que confia no trabalho da ONG Nova Baraúna em prol dos seus filhos". 

Parabenizamos a todos os responsáveis por essa excelente iniciativa que fortalece o xadrez do interior paraibano, e finalizamos mostrando algumas fotos do torneio:



















TORNEIO DE ESPERANÇA - RESULTADO FINAL


Terminou na tarde de hoje, com pleno êxito, a XXII edição do Torneio de Esperança, que contou com a presença de 39 enxadristas.
Após seis rodadas, o pódio do torneio ficou assim formado: Campeão - GM Darcy Lima, Vice- Campeão - GM Yago Santiago e 3º colocado - MN Evandro Rodrigues.
Nosso  destaque vai para a ótima campanha do enxadrista Nilo Neto, da cidade de Pedras de Fogo-PB, que finalizou a competição em 5º lugar, invicto (3 vitórias e 3 empates), à frente de nomes de peso do xadrez paraibano, como MF Luismar Brito, Doriedson Lemos e MN Douglas Torres, todos ex-campeões estaduais. Parabéns, Nilo!

Seguem abaixo foto dos primeiros colocados e o link para acessar a classificação final do torneio. Parabéns a todos os envolvidos nessa bela festa do xadrez e até a XXIII edição, se Deus quiser! 




sábado, 27 de abril de 2019

TORNEIO DE ESPERANÇA - FOTOS DA 1ª RODADA


Teve início na tarde de hoje, às 14:00 h, a XXII edição do Torneio de Esperança, que este ano contou com a presença de 39 participantes, dentre eles dois Grandes Mestres, o GM Darcy Lima e o GM Yago Santiago.
Certamente havia a expectativa de contarmos com uma maior adesão de jogadores, tendo em vista que o torneio foi amplamente divulgado aqui no blog Batalha de Mentes, no Facebook do organizador Joaquim Virgolino e em outros canais de comunicação. Não obstante, esperamos que os enxadristas que compareceram ao evento contribuam para fazer um belo espetáculo do xadrez.

Seguem algumas fotos da 1ª rodada da competição, que pode ser acessada no site Chess Results por meio do seguinte link:http://chess-results.com/tnr435811.aspx?lan=10.









ESPERANÇA - FOTOS DA SIMULTÂNEA


Conforme anunciamos aqui no blog, ontem (dia 26/04), às 19:30 h, ocorreu a simultânea ministrada pelo MN Douglas Torre contra os estudantes do Colégio Menino Jesus de Praga, em Esperança.
Seguem algumas fotos do evento, postadas no Facebook pelo próprio Douglas Torres e pelo organizador Joaquim Virgolino.










sexta-feira, 26 de abril de 2019

VAI COMEÇAR A FESTA EM ESPERANÇA!


Hoje entrei em contato com o incansável Joaquim Virgolino e fui informado de que já está tudo pronto para começar a XXII edição do Torneio de Esperança!
Como todos devem saber, pois isso foi noticiado amplamente aqui no blog, o torneio em si começa amanhã à tarde, mas daqui a pouco, às 19:30 h, será ministrada uma simultânea, na qual o Mestre Nacional Douglas Torres irá enfrentar 20 estudantes do Colégio Menino Jesus de Praga, em cujo ginásio será disputada a simultânea e o torneio.
Conforme podemos ver nas fotos abaixo, já está tudo preparado para essa bela festa do esporte.







É meus amigos, finalmente estamos na véspera desse evento tão aguardado!
Durante vários dias, mantivemos diariamente os leitores informados a respeito do torneio, trazendo notícias e informações importantes em nossa contagem regressiva, que se encerra hoje.
Gostaria de parabenizar o amigo Joaquim por todo o empenho demonstrado na organização do torneio. Só quem já organizou um evento desse porte sabe o quanto de trabalho e energia são necessários para planejar e executar tantas tarefas! É preciso estar muito motivado! E quando se trabalha praticamente sozinho, sem uma equipe de auxiliares, a coisa se complica muito mais. Por isso, o esforço do abnegado Joaquim deve ser respeitado e, acima de tudo, valorizado.

Quero também desejar boa sorte aos enxadristas que estarão participando do torneio.
Faço minhas as palavras da mais assídua leitora do blog, a poetisa-enxadrista Maria do Céu, que, em uma postagem recente, comentou: "Torçam uns pelos outros que, com certeza, a deusa Caíssa ficará feliz! Bom torneio com muita esperança!".

Falta 01 dia para o Torneio de Esperança!

ARTIGO SOBRE XADREZ



Somos uma família?

                                                 Por Luiz Fábio Alves Jales

            Quando a Federação Internacional de Xadrez (FIDE) foi criada, em Paris, no ano de 1924, seus membros fundadores elegeram como lema da entidade o slogan Gens una sumus, uma expressão oriunda da língua latina que quer dizer “somos uma família” ou “somos uma raça”. Tal lema procura enfatizar o sentimento de união e de fraternidade que deveria existir entre todos os praticantes do jogo-arte-ciência, em todas as partes do mundo, independentemente do nível técnico, do nível social, do sexo1, da idade, da raça, do credo religioso ou de quaisquer outros fatores.

            Ratificando esse pensamento, o famoso campeão estadunidense Frank Marshall, um dos mais fortes enxadristas do mundo nas duas primeiras décadas do século XX, uma época em que ainda predominava nas disputas de xadrez uma certa postura cavalheiresca, afirmou que “o xadrez não é somente o mais cosmopolita de todos os jogos, mas é também o mais democrático. Um enxadrista é sempre bem-vindo em qualquer parte do mundo, independentemente de sua condição social ou financeira”.

            Essa conduta cavalheiresca no xadrez, infelizmente, ficou esquecida no passado. À medida que o século XX ia avançando e iam se consolidando as bases profissionais do esporte, uma animosidade cada vez mais acirrada encarregou-se de revelar a fragilidade do lema da FIDE. Inicialmente, casos de inimizades entre enxadristas (Tarrasch e Lasker, Capablanca e Alekhine, Kortchnoi e Petrosian, Karpov e Kasparov etc.) foram destruindo o clima de harmonia e de fraternidade que deveria prevalecer no mundo do xadrez. Mais tarde, questões políticas e ideológicas se juntaram à causa anterior e contribuíram para agravar a discórdia entre jogadores e até entre nações, como aconteceu no período da chamada Guerra Fria, em que os capitalistas ocidentais e os socialistas soviéticos se digladiavam ferozmente na luta pela supremacia enxadrística.

            Por fim, mais recentemente, surgiu no cenário internacional do xadrez um novo motivo de conflito: o ódio motivado por intolerância religiosa. No celebrado torneio Grenke Chess Classic 2019, que está sendo disputado na Alemanha e que envolve representantes da elite do xadrez mundial, um episódio ocorrido na 3ª rodada da competição despertou polêmica e atraiu novamente a atenção da comunidade enxadrística para esse tipo de problema.         

            A situação foi a seguinte: o prodígio iraniano Alireza Firouzja, de apenas 15 anos e quase 2700 pontos de rating (!), depois de começar o torneio com duas vitórias consecutivas, decidiu não comparecer para jogar a terceira partida. A razão para isso é que ele havia sido emparceirado com o MF Or Bronstein (ELO 2387), um enxadrista israelense. As leis do Irã, uma teocracia islâmica, proíbem iranianos de jogar contra israelenses, em uma atitude de clara infração às regras da FIDE, que, em suas normas regulamentares, declara “rejeitar integralmente tratamentos discriminatórios em função de questões nacionais, políticas, raciais, sociais, religiosas ou sexuais”. Se tivesse jogado a partida, o GM Firouzja estaria sujeito a pesadas sanções por parte das autoridades do seu país, o que poderia colocar um fim a sua promissora carreira.

GM Alireza Firouzja durante a 1ª rodada do Grenke Chess Classic 2019


Analistas tentam passar ao público a ideia de que esse tipo de boicote se dá por razões políticas, uma vez que Irã e Israel são inimigos históricos. Os dois países vivem em estado de beligerância há décadas, isso porque tanto o Irã quanto os demais países do Oriente Médio, todos de maioria muçulmana, não aceitam a criação do Estado de Israel, promovida por iniciativa da ONU, em 1948. Vale destacar que Israel ocupa apenas 0,1% do território do Oriente Médio; os restantes 99,9% do território são controlados pelos árabes muçulmanos - ou seja, tal hostilidade definitivamente não é motivada por uma disputa territorial.

Como muitos erroneamente pensam, a questão central do conflito não é de origem geopolítica, mas sim religiosa. A religião islâmica, como todos sabem, está fundamentada nos preceitos contidos no Corão (ou Alcorão), livro considerado sagrado pelos muçulmanos. O que talvez nem todos saibam é que o Alcorão está repleto de mensagens e de ordens incitando o ódio, a perseguição e a violência contra os ditos “infiéis”, que são todos aqueles que não professam o Islamismo. Os judeus são especialmente odiados, sendo designados no Alcorão pelas palavras “porcos” e “macacos”, animais que simbolizam a impureza e a imundície. Tal nível de anti-semitismo é comparável ao que vigorava no regime nazista, o qual produziu milhões de vítimas no holocausto judeu.

Devemos ter em mente que o Islamismo não é uma religião como as outras; trata-se de um sistema doutrinário completo, pois fornece diretrizes que regem todos os aspectos da vida dos indivíduos, desde a alimentação e o vestuário até o sistema de leis. Leis estas que, em vários casos, determinam a aplicação da pena de morte como punição para aqueles que as transgredirem.

Vivendo em uma sociedade tão severa e que prega o ódio a tudo o que é diferente, não é de se admirar que o jovem Firouzja tenha se amedrontado e optado por não jogar com o MF Bronstein; isso é plenamente compreensível, afinal é preferível para um jogador do Irã perder uma partida a ter que sofrer represálias quando voltar para o seu país. Porém, ao que tudo indica, o GM iraniano não ficou satisfeito por ter praticado o forfait2, visto que, na rodada seguinte, ele perdeu para uma jogadora de nível bem inferior, a alemã Antonia Ziegenfuss (ELO 1945), depois de deixar uma torre pendurada. A opinião geral é a de que a derrota frente à enxadrista alemã foi proposital; esse teria sido o modo de Firouzja protestar por ter sido obrigado a entregar a partida contra o MF israelense, fato que prejudicou suas pretensões de vencer o Grenke Chess Classic ou de pelo menos ficar o mais bem classificado possível na competição.

MF Or Bronstein (Israel) e Antonia Ziengefuss (Alemanha)

Posição da partida Firouzja vs. Ziegenfuss. Em sua vez de jogar, o iraniano fez o horrível movimento 36. Txe6??, que permitiu a captura da torre de d4.

É certo que a FIDE, como entidade responsável pela organização de torneios internacionais, está ciente das tensões existentes entre as teocracias islâmicas e o Estado de Israel, bem como dos boicotes protagonizados pelos enxadristas iranianos contra os israelenses. É sabido, igualmente, que o emparceiramento dos torneios, em certas ocasiões, é manipulado, justamente para evitar confrontos de jogadores israelenses com jogadores de países que os boicotam. Sinceramente, acho isso lamentável. Ao invés de manipular os emparceiramentos, a FIDE deveria, como órgão máximo do xadrez mundial, fazer cumprir suas normas internas e desclassificar automaticamente das competições os jogadores que insistissem em cometer o forfait. Essa seria uma forma de pressionar o Irã e outros países muçulmanos a rever sua condenável postura de anti-semitismo no âmbito esportivo.

Quanto ao GM Alireza Firouzja, quero crer que ele é apenas uma vítima do sistema tirânico e perverso ao qual está submetido, e que não nutre ódio pelos judeus israelenses. Irei torcer para que ele não tenha sua carreira prejudicada pela insanidade dos líderes do seu país. Se isto acontecer, será muito triste para ele e para o xadrez, já que Firouzja, apesar da juventude, já é o jogador mais forte em atividade no Irã e também o número um do mundo na sua faixa etária! Alguns especialistas projetam para ele uma trajetória brilhante, acreditando inclusive que ele tem chances de se tornar Campeão Mundial de xadrez em um futuro não tão distante.

E, por falar em futuro, sonho que chegará o dia em que teremos um mundo de paz e de fraternidade entre os homens, sem fome, sem guerras e sem intolerância religiosa ou de qualquer natureza. Um mundo em que possíveis desavenças sejam resolvidas unicamente na base do diálogo, e não da violência. Um mundo em que o xadrez esteja acessível a um número muito maior de pessoas, que se deixarão encantar pelas belezas e mistérios desse jogo milenar. Enfim, um mundo em que os praticantes da Arte de Caíssa realmente façam parte de uma irmandade global, em que cada enxadrista possa dizer, com alegria e convicção: “Gens una sumus”!


Notas:

1 - Sexo: O autor do artigo utiliza a palavra “sexo” em lugar do termo “gênero”, amplamente empregado na atualidade, por entender que o uso do referido termo corrobora a falaciosa e anti-científica Teoria Queer ou Teoria de Gênero, segundo a qual a identidade sexual ou de “gênero” dos indivíduos são resultado de uma construção social, e que, portanto, não existem papéis sexuais biologicamente definidos na espécie humana. Obviamente, essa ideia consiste em uma verdadeira afronta à Biologia e já foi devidamente refutada por inúmeros estudiosos de diversas áreas da ciência.


2 - Forfait: Vocábulo francês que significa perda de uma partida por não-comparecimento.



Fontes de Pesquisa:


FILGUTH, Rubens. Xadrez de A a Z: dicionário ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2005.


GARCIA, Leontxo. Menores obligados a perder al ajedrez. Disponível em: https://elpais.com/deportes/2019/04/23/la_bitacora_de_leontxo/1556010581_673588.html?fbclid=IwAR0MIQ_8RLLvpExMzswBrMC_yGnbonPT-dp-fE3X5pp9uwr-chI7SH8dPDI


HORTON, J. Byrne et. al.Moderno dicionário de xadrez. São Paulo: Editora Theor S/A, 1973.


MANZANO, A. L.; GONZÁLEZ, J.M. O xadrez dos Grandes Mestres: 400 conselhos para melhorar seu nível enxadrístico.Porto Alegre: Artmed, 2002.


MORGENSTEIN, Flávio. Egípcio que não cumprimentou israelense: nada a ver com o islamismo? Disponível em: http://sensoincomum.org/2016/08/12/egipcio-nao-cumprimentou-israelense/


MOURA, Isabella Mayer. 4 questões para entender o confronto entre Israel e Irã. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/4-questoes-para-entender-o-confronto-entre-ira-e-israel-a8ff0x66773foigu0poajz7m6/


PAI, Aditya. Grenke Open: Iranian star hands free point to Israeli. Disponível em: https://en.chessbase.com/post/iranian-gm-alireza-firouzja-forfeits-game-due-to-opponent-or-bronstein-s-israeli-nationality-at-grenke-chess-open


Site da FIDE: https://www.fide.com/.


quinta-feira, 25 de abril de 2019

CONTAGEM REGRESSIVA PARA O TORNEIO DE ESPERANÇA


Atenção enxadristas! Na postagem de hoje, gostaríamos de relembrar algumas informações importantes sobre a XXII edição do Torneio de Esperança-PB:

- A primeira rodada terá início pontualmente às 14:00 h do dia 27/04 (sábado);

- Os jogadores deverão levar para o evento seus relógios e jogos de peças;

- Durante a competição será adotada a regra de Bilbao, em que a vitória vale 3 pontos e o empate vale 1 ponto. Tal regra visa tornar os embates mais disputados.

- O ritmo de jogo será de 01 (uma) hora nocaute.




Faltam 02 dias para o Torneio de Esperança!

quarta-feira, 24 de abril de 2019

CONTAGEM REGRESSIVA PARA O TORNEIO DE ESPERANÇA


Prezado(a)s enxadristas que irão jogar o Torneio de Esperança, queremos lembrar que nesta edição de 2019 o local do evento será a Unidade 2 do Colégio Menino Jesus de Praga, localizada na Rua Monsenhor Palmeira (Rua da Rádio), n.º 360, no centro da cidade.




Faltam 03 dias para o Torneio de Esperança! 

ANIMAIS NO JARGÃO DO XADREZ



O xadrez, como qualquer modalidade esportiva ou área profissional, possui seu jargão próprio, isto é, um linguajar específico formado por termos e expressões que só são compreendidos por quem faz parte do meio enxadrístico.
Assim, quando dizemos que o jogador fulano venceu porque "ganhou a qualidade" ou que o jogador beltrano perdeu uma partida porque ficou em "zugzwang", estamos utilizando o linguajar específico do xadrez.

Acontece que as línguas são dinâmicas e estão em constante evolução, de modo que o jargão enxadrístico está sendo sempre renovado pelo surgimento de novas palavras, que são incorporadas ao vocabulário dos enxadristas e passam a coexistir com os termos de uso já consagrado.
Nesse contexto, uma classe interessante de palavras é aquela que engloba nomes de animais, e que são usados quando queremos nos referir a determinados comportamentos ou atitudes dos praticantes da Arte de Caíssa.

Após realizar uma pesquisa em dois dicionários de xadrez, preparei uma lista com 10 nomes de animais pertencentes ao jargão enxadrístico, e que trago agora ao conhecimento dos leitores:


Abutre – Jogador considerado fraco que consegue vencer adversários mais fortes às custas de armadilhas.

Burro – Cavalo mal posicionado, sem perspectivas de participação efetiva na partida. Pode ser chamado de cavalo mau, em equivalência à expressão “bispo mau”.

Capivara – Jogador fraco. O mesmo que capi, pato, patureba, pangaré etc.

Dinossauro – Jogador de estilo tão amarrado que acaba fechando demasiadamente a posição na maioria das partidas que disputa.

Formiga – Jogador “livresco”, que decora variantes registradas nos livros de xadrez, mas que perde o rumo quando o oponente se desvia do livro e revela qualquer originalidade.

Gafanhoto – Jogador que tem por hábito circular descuidadamente em volta de um tabuleiro.

Orangotango – Apelido dado à Abertura Polonesa, que se inicia com o lance 1. b4.

Pato – O mesmo que capivara.

Peixe – Jogador inexperiente.

Sapo – Indivíduo que tem o mau hábito de acompanhar partidas de terceiros e emitir comentários, geralmente impróprios, sobre os aspectos referentes à partida e seus contendores. Enxadrista palpiteiro.
  



FONTES: 

FILGUTH, Rubens. Xadrez de A a Z: dicionário ilustrado.
HORTON, J. Byrne. Moderno Dicionário de Xadrez.