Em 09 de fevereiro de 1887, há 133 anos, nascia Savielly Grigorievitch Tartakower, o nosso homenageado de hoje na Seção Memória. Conforme se encontra registrado na obra O xadrez dos Grandes Mestres: 400 conselhos para melhorar seu nível enxadrístico, de Manzano e González, "Tartakower foi um personagem genial, tanto em seu jogo como em seus escritos. Criou novas aberturas como a Catalã e a Orangotango. Suas revisões teóricas contemplam não só aberturas como também conceitos estratégicos e finais. Suas novas ideias participaram na formação da escola hipermoderna, cujos representantes maiores foram Nimzowitsch e Réti".
Savielly Tartakower (1887-1956) |
Tartakower nasceu na cidade de Rostov, na Rússia, no seio de uma família judaica. Aprendeu a jogar com seu pai, aos 12 anos. Apesar da origem russa, viveu a maior parte da sua vida na França, e lá acabou "afrancesando" seu nome para Xavier Tartakower. Em 1909, obteve o doutorado em leis pela Universidade de Viena. É considerado o maior periodista (ou jornalista) de xadrez do século XX, tanto é que chegou a ficar conhecido como "o Campeão Mundial dos periodistas". Poliglota, dominava mais de 5 idiomas. Dotado de um senso de humor refinado e de grande erudição, Tartakower foi um perfeito cavalheiro, tanto ao tabuleiro quanto fora dele. Escritor brilhante, suas obras mais famosas são os livros La partida del ajedrez hipermoderna e Breviario del ajedrez, que formou gerações de enxadristas franceses. Ele foi também um excelente jogador de xadrez às cegas e incansável colaborador da literatura jornalística.
Tartakower chegou a figurar entre os mais fortes enxadristas do mundo no período de 1926 a 1935. Um detalhe que nem todos conhecem a respeito da sua biografia é que ele foi um combatente destemido, que lutou bravamente nas duas Guerras Mundiais. Na França ocupada pelos nazistas, ele se juntou às forças de resistência com o pseudônimo de Tenente Cartier, tendo executado diversos saltos de paraquedas por trás das linhas inimigas. Esse genial expoente do enxadrismo mundial faleceu em Paris, no dia 04 de fevereiro de 1956, e até hoje é lembrado por sua enorme contribuição à teoria do xadrez. Salve, Tartakower!
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