sábado, 28 de março de 2020

SEÇÃO XADREZ NAS ARTES


No ano de 1956, um garoto estadunidense de 13 anos de idade começou a chamar a atenção do mundo do xadrez em razão do seu excepcional talento e da sua total dedicação ao jogo-arte-ciência: Robert James Fischer, ou "Bobby", para os mais íntimos. Naquele ano, Bobby venceu o Campeonato Juvenil dos Estados Unidos, um feito nunca antes alcançado por alguém de 13 anos. Certo tempo depois, ele recebeu um convite para participar da 3ª edição da Copa Rosenwald, um torneio disputado em Nova Iorque, que reunia os 12 melhores enxadristas do país. Embora não tenha conseguido terminar o torneio em uma boa colocação, dividindo o 8º-9º lugar, na oitava rodada Fischer jogou uma partida brilhante contra Donald Byrne, um dos melhores enxadristas norte-americanos durante as décadas de 1950 e 1960. O árbitro da Copa Rosenwald, Hans Kmoch (o mesmo que arbitrara o match entre Alekhine e Euwe - 1935), nomeou a partida de "O jogo do século", e é assim que ela passou a ser conhecida até os dias de hoje. Trata-se de maravilhosa partida de ataque, em que as negras, manejadas por Bobby Fischer, sacrificam a dama para cercar e desfechar o xeque-mate ao rei adversário; muitos anos depois de tê-la jogado, Bobby Fischer declarou que esta foi a melhor partida da sua carreira. Confira o belíssimo "Jogo do Século", também conhecido como a "Imortal de Bobby Fischer" no vídeo a seguir:




Que belíssima partida, não é mesmo? Como afirma Kasparov, em Meus Grandes Predecessores, "essa partida apareceu em revistas de xadrez ao redor do mundo, provocando o deleite do público e o espanto dos especialistas". A partir do momento em que essa partida foi jogada, nascia um mito do xadrez! E vocês sabiam que existe uma pintura que foi inspirada no "Jogo do Século"? Trata-se de um quadro do pintor contemporâneo Ugo Dossi (1943 -     ), em que o autor reproduz a trajetória das peças no tabuleiro. Um lindo trabalho artístico, inspirado em uma outra obra de arte, não menos bela, que foi a partida entre Fischer e Byrne, jogada em 1956!

 
As pegadas da Partida do Século, por Ugo Dossi

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