A troca é sem dúvida uma das operações estratégicas de maior importância no xadrez. Saber quando se deve conservar uma peça no tabuleiro, ou quando é preferível trocá-la por uma peça adversária, é um conhecimento que pode fazer a diferença para o êxito - ou o fracasso - de um plano de jogo. Uma simples troca pode ajudar o jogador a atingir vários objetivos, mas como saber quando deveremos trocar ou não? É essa pergunta que tentaremos responder com a presente postagem.
De acordo com os compêndios de estratégia enxadrística, como regra geral, a troca só é indicada nos seguintes casos:
1. Quando o adversário detém a iniciativa;
2. Quando você estiver em uma posição restringida, com pouco espaço para manobrar as suas peças;
3. Para enfraquecer a estrutura de peões do oponente;
4. Para explorar uma vantagem material;
5. Para trocar uma peça passiva por uma peça ativa do adversário;
6. Para simplificar a posição e conseguir um final mais favorável;
7. Para eliminar um defensor importante do lado contrário;
8. Quando você estiver sendo atacado, para tentar reduzir o potencial de ataque do adversário (nesses casos, é particularmente útil trocar a dama).
Buscaremos ilustrar uma dessas situações por meio do diagrama a seguir:
No diagrama acima, as brancas possuem uma ligeira vantagem, por causa da sua superioridade de espaço. As negras estão em uma posição inferior, pois os seus peões centrais fiscalizam apenas casas do seu próprio território, e o bispo de c8 está fora de jogo, sem desenvolvimento. Cabendo o lance às negras, elas devem procurar as trocas para tentar aliviar sua posição restringida, portanto o lance mais indicado é 1. ... Cxc3. Por outro lado, se o lance couber às brancas, recomenda-se evitar as trocas, para não deixar que o adversário liberte sua posição, de modo que o lance mais indicado é 1. Ce4, mantendo a vantagem. Lembrem-se: estejam sempre atentos para buscar as trocas vantajosas e evitar as trocas desnecessárias!
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