O "causo" que hoje iremos trazer ao conhecimento do público leitor foi protagonizado pelo homenageado da nossa última publicação, o ex-campeão mundial Max Euwe. O relato a seguir foi extraído do livro El Campeonato Mundial de Ajedrez, dos autores Eduard Gufeld e Efim Lazarev, publicado na Espanha em 2003. Como todos sabem, Euwe derrotou Alekhine em um match válido pelo título mundial de xadrez, em 1935, tornando-se assim o campeão do mundo. Esse match foi realizado na Holanda, terra natal de Euwe, e sua conquista foi grandemente comemorada pelos seus compatriotas, que o elevaram à condição de herói nacional. No entanto, muitos holandeses só conheciam Euwe de nome, já que ele não gostava de ser fotografado, e sua imagem aparecia poucas vezes na imprensa. Esse fato deu origem a algumas situações curiosas: em uma ocasião, um viajante que se encontrava no mesmo compartimento de trem que Euwe propôs a este jogar algumas partidas. Depois de perder três consecutivas, ele se mostrou muito envergonhado e disse: "Incrível! Como posso perder para um desconhecido em um trem, eu que sou conhecido como o Euwe do meu clube!". O campeão não pôde evitar um sorriso, mas se conta que ele não revelou sua identidade ao seu constrangido adversário...
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