sábado, 19 de dezembro de 2020

SEÇÃO BATE & REBATE #20


Amigo(a)s, aqui estamos para apresentar a vocês mais uma entrevista da Seção Bate & Rebate, a de número 20! Esta seção foi idealizada pelo grande entusiasta do xadrez Joaquim Virgolino, e tem o objetivo de promover a interação com enxadristas de todo o Brasil e até do exterior, por meio de entrevistas rápidas, no formato "pingue-pongue", que são publicadas sempre aos sábados. A primeira entrevista foi publicada no dia 08 de agosto, e contou com a ilustre participação da WFM Ramyres Coelho, uma das melhores enxadristas do país. Ao longo dos últimos 19 sábados, desfilaram pela Seção Bate & Rebate grandes nomes do xadrez nacional e estadual, e até um Grande Mestre Internacional (GM Axel Bachmann), cujas presenças abrilhantaram nosso blog. Ao mesmo tempo, também abrimos espaço para jogadores de menor força técnica, mas igualmente apaixonados pela prática do jogo-arte-ciência. Para minha alegria, as publicações da seção têm alcançado uma boa quantidade de visualizações, o que mostra que elas vêm agradando ao nosso público leitor. Agora, nesta publicação de número 20, traremos a entrevista do editor do blog Batalha de Mentes, este humilde capivara que vos escreve! A ideia de conceder essa entrevista partiu de Joaquim Virgolino, e ao ouvir sua proposta eu logo aceitei e resolvi "entrar na brincadeira". Vamos então a um breve resumo da trajetória enxadrística de Luiz Fábio Alves Jales, o entrevistado de hoje:

"O início da minha trajetória no xadrez remonta ao ano de 1992, quando eu, à época com 14 anos, fui apresentado ao jogo por amigos do colégio. Assim que bati os olhos no tabuleiro de xadrez, de imediato me senti fascinado: foi amor à primeira vista, como costumo dizer... rsrs. Dos 14 até os 18 anos, eu não possuía nenhum conhecimento teórico, só sabia mover as peças. Isso mudou em 1996, quando comecei a estudar na Escola Técnica Federal da Paraíba (hoje IFPB), e me deparei pela primeira vez com um livro de xadrez, na biblioteca da escola... tirei uma cópia do livro e comecei a aprender as noções elementares da teoria enxadrística. Naquele mesmo ano, adquiri um exemplar do clássico 'Xadrez Básico', de D’Agostini, e intensifiquei a rotina de estudos. Durante a minha juventude, participei de alguns torneios pequenos, na Escola Técnica e também na UFPB, instituição que frequentei como aluno entre 1999 e 2002. No período entre 2003 e 2013, parei de participar de competições e passei a focar mais nos estudos e no trabalho. Nesse período eu casei, terminei um curso de graduação e dois cursos de pós-graduação e fui aprovado em dois concursos públicos federais, mas, apesar de dedicar menos tempo ao xadrez nessa fase, nunca parei de jogar e nem de estudar a teoria, disputando partidas amistosas presenciais e pela internet, e comprando livros sempre que podia. Em 2013, após 10 anos afastado das competições, voltei a tomar parte em torneios, desta vez participando dos primeiros torneios FIDE, a exemplo do Campeonato Paraibano de xadrez daquele ano. A partir de 2015, comecei a vencer alguns torneios de menor categoria em João Pessoa, mas a minha maior conquista competitiva, sem dúvida, foi o 5º lugar no Campeonato Paraibano de 2014, à frente de nomes de peso do xadrez estadual, como Francisco Dantas (campeão paraibano do ano anterior), Doriedson Lemos, Marcos Valério e Renato Oliveira. Nos últimos três anos venho competindo com menor frequência em torneios presenciais, e desde janeiro de 2019 venho mantendo em atividade o blog de xadrez Batalha de Mentes, que era um projeto antigo, finalmente concretizado. Ainda tenho alguns outros projetos e metas relacionados ao xadrez que tentarei concretizar no futuro, mas não sei se terei êxito, devido aos compromissos profissionais e familiares. Um deles é o de entrar para a lista dos 10 melhores enxadristas da Paraíba, outro é o de ensinar xadrez para crianças carentes, e um terceiro é fundar um clube de xadrez na minha cidade, Mamanguape-PB. Se conseguirei atingir esses objetivos, somente o tempo dirá; porém, de uma coisa tenho certeza: o xadrez estará presente na minha vida até o meu suspiro!"

Bem, feitas essas considerações, agora passemos à entrevista, realizada pelo amigo e colaborador Joaquim Virgolino, a quem agradecemos pela exitosa parceria.

 

NOME: Luiz Fábio Alves Jales

IDADE: 42 anos

CIDADE NATAL: Mamanguape-PB

PROFISSÃO: Servidor público

 

01 - Qual é a sua cor favorita? R.: Azul celeste.

02 - Comida favorita? R.: Chocolate.

03 - Bebida preferida? R.: Água gelada.

04 - Um filme inesquecível? R.: O resgate do soldado Ryan (1998).

05 - Qual foi o livro de xadrez mais interessante que você já leu? R.: Meus Grandes Predecessores, de Kasparov.

06 - Uma música que marcou a sua vida? R.: Billie Jean - Michael Jackson.

Obs.: Conheça a música escolhida pelo entrevistado assistindo ao vídeo a seguir: 

 



Analisando uma partida do match Botvinnik vs. Tal, em casa (2010)

 07 - Qual o seu maior medo? R.: Não poder acompanhar o crescimento e a educação da minha filha.

08 - Um sonho? R.: Viver em um mundo sem crimes, sem miséria e sem violência.

09 - Quais as três pessoas que você adoraria convidar para jantar? Divaldo Franco (médium e conferencista espírita), Kasparov e Judit Polgar.

10 - Uma partida ou lance inesquecível de alguma lenda do xadrez? R.: Destacaria a partida Levitsky vs. Marshall (1912), por causa do lance 23. ...Dg3!!, na minha opinião o mais brilhante da história do xadrez.

11. Quem é o seu jogador de xadrez favorito? R.: Kasparov.

12. Seu maior defeito? R.: Baixa autoestima.


Disputando uma partida no Torneio de Alagoa Grande (2013)

 

14. Estilo musical preferido? R.: Eclético.

15. Eu não tiro o chapéu para... R.: Esquerdistas/socialistas/comunistas.

16. Qual ensinamento ou princípio do xadrez é útil na sua vida cotidiana? R.: Ter paciência e não desanimar diante das derrotas.

17. O que você salvaria da sua casa se ela estivesse pegando fogo? (Apenas duas coisas) R.: Meu computador e meus livros.

18. O que você aprecia em uma pessoa? R.: Seus valores morais.

19. Existe alguma coisa que você gostaria de aprender? R.: Muitas! Hipnose é uma delas.

 

Recebendo o troféu de campeão do Torneio Primavera - Colégio Top (2016)

20. Seu passatempo favorito (além do xadrez)? R.: Leitura.

21. Que animal você seria? R.: Gostaria de ser uma águia, para cruzar os céus a grandes alturas!

22. Brasil? R.: Um país com imenso potencial de crescimento, mas altamente prejudicado pela corrupção generalizada.

23. Qual seria sua viagem dos sonhos? R.: Um cruzeiro para as ilhas do Caribe.

24. Uma mensagem que você deixaria para os leitores do blog: R.: Procurem cultivar bons valores e transmiti-los aos seus filhos, para que tenhamos um mundo melhor no futuro. Como dizia o filósofo e matemático grego Pitágoras: "Educai as crianças e não será necessário castigar os homens".

25. Jales por Jales: R.: Um espírito imortal em contínua evolução, ao longo de sucessivas existências. 


Jogando contra o MN Márcio Jordão, no X Memorial Bobby Fischer (2019)

E assim amigo(a)s, finalizamos mais uma entrevista, desta vez com o editor deste blog. Espero que tenham gostado de conhecer um pouco melhor a história do meu envolvimento com o xadrez, a qual, se depender de mim, ainda está bem longe de terminar. Nossa próxima entrevista terá a participação do idealizador da Seção Bate & Rebate, Joaquim Virgolino, de Esperança-PB. Até sábado que vem, se o Criador permitir!

 

4 comentários:

  1. Jales, eu gostaria de parabenizá-lo por este bonito e importante trabalho que você vem desenvolvendo pelo xadrez paraibano e regional.
    Gostei muito da sua frase: "O xadrez estará presente na minha vida até o último suspiro",
    Como é bonito isto!

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  2. Mestre Roberto, sinto-me deveras lisonjeado ao receber essas palavras de reconhecimento de um dos maiores expoentes do enxadrismo do Nordeste. Muito obrigado pelas palavras gentis e por acompanhar este humilde canal. Minha contribuição em prol do xadrez ainda é bem menor do que eu gostaria que fosse, mas meu amor pelo xadrez, como eu disse, perdurará pela vida inteira! Um fraterno abraço.

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  3. Gostei da entrevista amigo Jales e deixe de chamar o Batalha de humilde canal. Ele é tão importante como qualquer outro blog. E vc diversifica e escreve muito bem as matérias, nele, postadas. Olha aí, quem quiser presentear o nosso entrevistado, pode dar chocolate que ele vai amar rsrs. E agora quero saber se vc faz os passinhos de dança que o Michael Jackson fazia. Adoraria ver vc fazendo o Moonwalk. Abraço! Céu

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  4. Eita Céu, só você você mesmo, viu?? kkkk Quando eu era mais jovem até que eu arriscava uns passinhos de dança do Michael, inclusive o Moonwalk, mas hoje em dia a coluna não deixa mais!kkkkkkk Obrigado, um abraço!

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