sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

SEÇÃO MEMÓRIA


Hoje, dia 17 de janeiro, completam-se 12 anos da morte do gênio Bobby Fischer, ocorrida em 17/01/2008. Fischer é considerado por muitos especialistas o melhor enxadrista de todos os tempos, e tornou-se mundialmente famoso ao conquistar o Campeonato Mundial de Xadrez em 1972, em plena Guerra Fria. Vejamos um resumo da vida e da carreira desse esplêndido jogador!




Robert James Fischer nasceu na cidade de Chicago, Estados Unidos, no dia 09 de março de 1943. Aprendeu a jogar xadrez aos 6 anos, com sua irmã Joan. Logo passou a interessar-se de forma obcecada pelo jogo, e em poucos anos tornou-se um autêntico garoto-prodígio. Aos 14 anos, conquistou pela primeira vez o Campeonato dos Estados Unidos, feito que repetiria em outras seis ocasiões. Em 1958, aos 15 anos, tornou-se o mais jovem enxadrista até aquela época a ser agraciado com o título de Grande Mestre, e nesse mesmo ano classificou-se para disputar o Torneio de Candidatos de 1959.


Fischer, Tal e Petrosian no Torneio de Candidatos de 1959


Embora tenha terminado o Torneio de Candidatos em 6º lugar, não devemos esquecer que Fischer estava enfrentando os membros da elite do xadrez mundial pela primeira vez, e mesmo sendo ainda muito jovem teve um desempenho convincente. À medida que os anos foram passando, Fischer foi ganhando força e experiência ao participar dos torneios internacionais, até que, em 1967, já entre os mais fortes do mundo, ele liderava de maneira absoluta o Interzonal de Sousse, na Tunísia, quando resolveu abandonar a competição, por ter entrado em conflito com os organizadores. Depois de uma longa ausência de torneios importantes, a volta de Fischer à arena internacional foi impressionante: em 1970, ele integrou a equipe do "Resto do Mundo" que jogou contra a equipe da União Soviética, derrotando o ex-Campeão Mundial Petrosian por 3x1, no tabuleiro 2. Em seguida, dominou completamente seus adversários no Interzonal de Palma de Mallorca, exibindo um xadrez de altíssimo nível. Na sequência, viriam duas vitórias estrondosas nos matchs contra Taimanov e Larsen, válidos pelo Torneio de Candidatos de 1971, ambas pelo placar de 6x0. Na Final do Torneio de Candidatos, nova vitória frente a Petrosian, desta vez por 6,5 a 2,5, até que, em 1972, na Islândia, Fischer arrebatou o título máximo das mãos do russo Boris Spassky, ao vencê-lo por 12,5 x 8,5.


Fischer sendo coroado Campeão Mundial pelo Presidente da FIDE, Max Euwe
  
Infelizmente, a partir desse momento, a carreira de Fischer começou a entrar em declínio. Ele se afastou novamente das competições, tornou-se um recluso, e em 1975 recusou-se a defender o título mundial contra o desafiante Anatoly Karpov, da União Soviética, que foi proclamado o novo Campeão Mundial. Em 1992, Fischer se transformou em um fora da lei para os Estados Unidos, quando disputou um segundo match contra Spassky na Ioguslávia, que à época estava em guerra e sob embargo norte-americano. Sem poder voltar ao seu país natal, pois seria preso ao fazer isso, Fischer morou em vários lugares, até que em 2005 mudou-se para a Islândia, país em que veio a falecer, aos 64 anos de idade, de insuficiência renal.

Eis como a morte de Bobby Fischer foi noticiada pela imprensa brasileira:


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