Em certa ocasião, o GM Alexander Alekhine, ex-Campeão Mundial e um dos mais fortes jogadores de todos os tempos, proferiu a célebre frase: "Só um homem culto pode chegar ao ponto mais alto do xadrez". Será mesmo que existe uma relação entre o grau de instrução e a capacidade enxadrística de uma pessoa? Será que Alekhine estava certo no seu modo de pensar?
É fato que ninguém se torna um jogador de primeira categoria apenas com talento natural. São necessários anos de
estudos de teoria de xadrez, várias horas por dia, dia após dia, anos após ano,
ininterruptamente. Outro fato igualmente sabido é o de que todo Grande Mestre é também um erudito de xadrez. A história nos mostra que alguns dos maiores mestres
não apenas terminaram a faculdade, como atingiram o mais alto grau de estudo, o
título de doutor (PhD). Foi o caso de Emanuel Lasker (matemática e filosofia),
Euwe (matemática), Botvinnik (engenharia elétrica), e, mais recentemente, John Nunn (matemática). Mas também houve fortíssimos
jogadores que chegaram ao topo do mundo enxadrístico sem terem sequer completado seus
estudos secundaristas: Bobby Fischer, Leonid Stein e Tigran Petrosian.
Diante dessas informações, chegamos à conclusão de que não é necessário a um enxadrista ter formação superior para chegar ao topo do xadrez, ao contrário do que pensava o grande Alekhine! É óbvio que, quanto mais instrução e cultura uma pessoa puder adquirir melhor será, mas isso não necessariamente irá fazê-la jogar xadrez melhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário